sábado, 19 de novembro de 2011

RELACIONAMENTO:conheça oxitocina: a química do amor

                       Entenda o hormônio que gera paixão e sustenta uma relação duradoura


Pesquisas apontam que a oxitocina, chamada de hormônio do amor, é fundamental na sustentação de vínculos duradouros. Então quando se ouve aquele papo de que rolou uma “química” entre as pessoas, saiba que existe uma explicação científica para essa atração quase irresistível.


Causas da relação duradoura

O sexo é fundamental para a criação e manutenção de um vínculo duradouro. Muitos estudos mostram que a relação sexual traz uma série de benefícios para o casal, tais como: melhora a autoestima e o humor, reduz a depressão, estimula o dar e receber amor e, consequentemente, melhora a vida conjugal com a aproximação dos parceiros.

Além disso, as pesquisas têm indicado que um hormônio parecer ser vital na sustentação de vínculos longevos: a oxitocina, chamada de “hormônio do amor”. No caso do sexo, ela é liberada em grandes quantidades durante o orgasmo.

A oxitocina é uma pequena proteína produzida no cérebro, capaz de estimular as regiões cerebrais que controlam as emoções (sistema límbico) e o comportamento social, diminuindo o medo e a ansiedade iniciais no começo de um relacionamento, por exemplo, além de favorecer a construção de ligações duradouras entre o casal.


A oxitocina, por sua vez, regula a liberação de outra substância, chamada dopamina, responsável pela sensação de bem-estar, de prazer e de recompensa.


“O sexo é importante para manter um casamento duradouro. Contudo, além dele existem outros elementos que fortalecem, sustentam e aprofundam um relacionamento. Relacionar-se com o parceiro é um contínuo e árduo aprendizado. E, perseverar apesar das dificuldades é comprometer-se não só com o parceiro, mas com o relacionamento também”.

Dificuldades em manter o relacionamento


Quanto à “incapacidade” ou dificuldade em manter um relacionamento duradouro, novamente, diversos elementos entram em jogo (tanto físicos, quanto psicológicos, culturais, sociais, ambientais, dentre outros).
Contudo, um estudo recente (2008) realizado no Instituto Karolinska, na Suécia, constatou que homens com uma determinada variação genética, cuja repercussão provocava a redução dos receptores de vasopressina no cérebro, apresentavam duas vezes mais crises no relacionamento, com ou sem traições.
Logo, os pesquisadores concluíram que os homens com tal variação nos genes realmente têm um comportamento social mais distante, frio e insensível. Nesses casos, as parceiras também se queixaram de maior insatisfação no relacionamento.
A vasopressina é uma pequena proteína produzida no cérebro e, junto com a oxitocina, está relacionada com a formação de vínculos sociais e de comportamentos reprodutivos, incluindo o sexual e o parental (entre pais e filhos).

Funções fisiológicas dos hormônios


OXITOCINA

Indução de contato social,Preferência por um parceiro,Vínculo social e parceira,Sensação de bem estar e relaxamento,Ansiedade,Depressão,Comportamentos sexuais e relaxamento,Memorização (reconhecimento de rostos, por exemplo)
 
VASOPRESSINA

Comportamentos sociais positivos,Seleção por um parceiro,Vínculo social e parceria,“Atração”,Ansiedade,Comportamentos sexuais,Atenção, aprendizagem e memória,Estímulo do sistema de recompensa do cérebro,Agressão,Pressão sanguínea*,Comportamentos territoriais


Pesquisas realizadas com casais

Os psicólogos suíços analisaram a reação de 47 casais adultos heterossexuais que receberam oxitocina ou placebo intranasalmente (inspirado pelo nariz) antes de entrar em uma discussão conflituosa no laboratório. A “sessão de briga” foi gravada em vídeo e todo o comportamento verbal e não-verbal dos participantes foi codificado.

Foi percebido que, nos casais que receberam o hormônio, houve um aumento do comportamento de comunicação positiva em relação ao comportamento negativo e também a redução da quantidade de cortisol (hormônio liberado em situações de estresse).

Através dos resultados, foi observado o efeito dos hormônios liberados pelo corpo em situações críticas de interações sociais, como uma briga de casal. No futuro, as pesquisas podem garantir tratamentos adequados para usar essas substâncias a favor de relações afetivas mais satisfatórias.