Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, fabricação e importação de alimentos e bebidas à base de Aloe vera. De acordo com o órgão, não há comprovação da segurança do uso do componente e nem registro para esse fim. A restrição foi publicada nesta segunda (14) no Diário Oficial.
De acordo com a resolução, o uso da Aloe vera é regulamentado apenas como aditivo na função de aromatizantes de alimentos e bebidas, o que continua sendo permitido.
O Brasil está atrasado em relação à utilização do Aloe Vera como suco vitalizante. No Brasil, o Aloe Vera é conhecida popularmente como babosa, apesar de utilizada mundialmente e em larga escala para vários fins, inclusive e principalmente na área de isotônico.
No Brasil, o uso de Aloe Vera é autorizado apenas para a produção de alguns cosméticos - principalmente para cabelos - e medicamentos fitoterápicos. Como alimento, a babosa apenas é permitida como aditivo aromatizante; ou seja, como parte da composição de alguns aromas.
Michael Peuser foi convidado a participar de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) para discutir os critérios adotados pelos órgãos competentes para o registro do uso da Aloe Vera e conhecer as reais propriedades do produto para a sua classificação.
Em sua exposição, o pesquisador explicou que existem 300 empresas no mundo fabricando produtos derivados do Aloe Vera, entre eles o suco vitalizante do produto, que não tem, segundo explicou, qualquer contra-indicação e é comercializado livremente em supermercados de vários países.
- Aqui [Brasil], diz-se que é bom para o cabelo. Mas essas empresas tiveram faturamento de U$ 112 bilhões somente em 2004 com produtos que contêm o Aloe Vera e nenhuma dessas 300 empresas é do Brasil - afirmou o pesquisado do Iasc, ao explicar ainda que a babosa não é um cactos, como muitos acreditam, mas sim um legume, da mesma família da cebola e do alho.
- Infelizmente, é uma chance que o Brasil perde, pois, devido às condições climáticas do país, poderia ser o maior exportador mundial do produto - garantiu Michael.
Proibição
No Brasil, segundo explicaram os representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Anvisa, o Aloe Vera é proibido como alimento por falta de pesquisas que comprovem a segurança alimentar e para a saúde do consumidor, não há, no Brasil, pesquisas que comprovem os efeitos causados pela utilização do Aloe Vera, principalmente como bebida. Órgão responsável pelo registro de produtos de origem vegetal, o Mapa tem negado autorização para utilização da babosa no país, antes que o produto seja avaliado pela Anvisa.
- É preciso que a empresa interessada em produzir ou importar os produtos derivados do Aloe Vera apresentem provas de segurança à Anvisa, a agência só faz a avaliação de um determinado produto quando solicitado por empresa interessada em comercializá-lo. O fato de haver pesquisas internacionais que comprovem a eficiência e os benefícios do Aloe Vera como alimento, a princípio, segundo explicou, não é suficiente para que o Brasil autorize o seu uso internamente.
A avaliação só vai ser feita à medida que for solicitada e que venha acompanhada das informações científicas que sustentem o uso do produto.
Autor do requerimento para a realização da audiência, o senador Gilberto Goellner (DEM-MT), após assistir as exposições, reconheceu que o Brasil está muito atrasado em relação à utilização do Aloe Vera. Ele estranhou o fato de o Brasil não poder se orientar somente pelas pesquisas internacionais para autorizar o registro do suco de babosa no país.
- Realmente estamos muito atrasados aqui no Brasil. Permitimos todo tipo de bebida artificial que faz mal à saúde. Tudo é permitido. Mas um produto que é utilizado em todo o mundo, avaliado e sem efeitos colaterais tem que passar por tipo de burocracia. Isso é um espanto - criticou o senador pelo Mato Grosso.
O presidente da CRA, senador Valter Pereira (PMDB-MS), disse que falta divulgação sobre todos os benefícios da babosa. Ele reconheceu as deficiências de pesquisa no Brasil sobre esse vegetal e sugeriu que as empresas interessadas em comercializar tomem a iniciativa de apresentar as pesquisas que comprovem a segurança do produto.
- As empresas não devem esperar só pela iniciativa dos órgãos públicos. É preciso que façam o que for preciso - sugeriu Valter Pereira, que ainda citou o caso de uma empresa brasileira que comercializa irregularmente no país um cosmético a base do Aloá Vera, por falta de registro da marca.
É INFELIZMENTE TEREMOS QUE DAR O ADEUS A ALOE VERA!!!
Utilizada em produtos de estética e para fins medicinais a Aloe vera foi proibida de ser utilizada em alimentos e bebidas pela Anvisa, pois não possui a aprovação da agência
No site da Anvisa é possível encontrar uma lista de novos alimentos já aprovados e os que ainda estão aguardando aprovação
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